Câncer no sistema digestivo

O câncer já é considerado a segunda causa de morte no mundo. Mas, mesmo com números altos, os tratamentos estão cada vez mais eficazes, com destaque para as cirurgias robóticas, opção mais moderna de tratamento, e que garante mais segurança e precisão aos procedimentos.

Segundo o Prof. Dr. Fábio Thuler, especialista em cirurgias digestivas robóticas, as cirurgias oncológicas são as mais complexas e delicadas. Sendo assim, os pacientes com câncer digestivo tiveram uma grande conquista com a aplicação dessa tecnologia de ponta no tratamento da doença. “Isso, porque os robôs oferecem um mecanismo que permite uma cirurgia minimamente invasiva e de altíssima precisão; o que garante não só mais segurança, mas também conforto para o paciente durante e após a cirurgia, pois garante cortes muito pequenos, menor tempo de internação, e recuperação muito mais rápida”, explica. Outro benefício da cirurgia robótica, é que ela pode ser realizada em qualquer pessoa, e sem restrição de idade, ou seja, de crianças a idosos.

Mas, como funciona? Durante o procedimento, o robô é controlado pelo cirurgião através de um console que executa os movimentos com exatidão por meio dos quatro braços do robô – e conta ainda com um dispositivo capaz de filtrar eventuais tremores das mãos do médico. A alta precisão também é garantida pelas imagens em alta definição (Full HD) e 3D, ampliadas em até 15 vezes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) quando falamos no aparelho digestivo, os três cânceres que mais o acometem são: o câncer de cólon (colorretal), em que estimou-se em 2016, 34.280 novos casos no país; o de estômago, com incidência estimada em 20.520; e de esôfago, estimados 10.810, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) – seguidos ainda dos que afetam fígado e pâncreas.

Dentre todos, os dois mais difíceis de tratar são os cânceres de fígado a pâncreas. “Nestes casos, a cirurgia robótica é ainda mais indicada; pois são cirurgias mais complexas e que necessitam de um cuidado e precisão ainda maiores. Assim como casos de reoperações, em que o paciente já passou por cirurgia anteriormente no mesmo local, e o organismo está mais sensibilizado”, afirma o Prof. Dr. Fábio Thuler.

Mas, independente de qual seja, o profissional destaca que o resultado é sempre melhor em casos onde a doença é diagnosticada em seu primeiro estágio – daí a importância de exames preventivos em todas as idades, e principalmente, ao surgirem quaisquer sintomas de irregularidades no organismo.